terça-feira, 13 de novembro de 2007

Críticas à Igreja

A Igreja Católica é uma entidade que tem dois milênios de história, sendo uma das instituições mais antigas do mundo contemporâneo. Historicamente, as críticas a esta Igreja já tiveram muitas formas e partiram de diversos pressupostos ao longo das gerações. Algumas vezes essas críticas tiveram grandes conseqüências, como as contestações morais e teológicas de Martinho Lutero no século XVI, que levaram ao nascimento do protestantismo.

No contexto actual, as críticas tendem a centrar-se em dois pontos. Em primeiro lugar, a história dessa instituição possui episódios que, em maior ou menor grau, são vistos por muitos como injustos e em contradição com a mensagem cristã que a fundamenta. Um outro aspecto importante é que muitos dos conceitos e modelos de comportamento adotados na sociedade atual parecem estar se distanciando de seus ensinamentos (ou em oposição a eles). Tal distanciamento é notável em temas como bioética, sexualidade, matrimônio, a aplicação da pena de morte, entre outros.

O fato de já ter havido graves erros por parte de membros da
Igreja é reconhecido pela própria instituição e, no contexto do Jubileu dos 2000 anos, a levou a pedir perdão por tais atos praticados no passado.

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Organização por região

A unidade geográfica e organizacional fundamental da Igreja Católica é a diocese (chamada eparquia nas Igrejas Orientais). Estas correspondem geralmente a uma área geográfica definida, centrada numa cidade principal, e é chefiada por um bispo. A igreja central de uma diocese recebe o nome de catedral, da cátedra, ou cadeira, do bispo, que é um dos símbolos principais do seu cargo. Dentro da diocese ou eparquia, o bispo exerce aquilo que é conhecido como poder ordinário, ou seja, autoridade própria, não delegada por outra pessoa. (Os membros de algumas ordens religiosas são semi-independentes das dioceses a que pertencem; o superior religioso da ordem exerce jurisdição ordinária sobre eles.) Embora o Papa nomeie bispos e avalie o seu desempenho, e exista uma série de outras instituições que governam ou supervisionam certas actividades, um bispo tem bastante independência na administração de uma diocese ou eparquia. Algumas dioceses ou eparquias, geralmente centradas em cidades grandes e importantes, são chamadas arquidioceses ou arquieparquias e são chefiadas por um arcebispo metropolitano. Em grandes dioceses (ou eparquias) e arquidioceses (ou arquieparquias), o bispo é frequentemente assistido por bispos auxiliares, bispos integrais e membros do Colégio dos Bispos não designados para chefiá-las. Arcebispos, bispos sufragários (designação frequentemente abreviada simplesmente para "bispos"), e bispos auxiliares, são igualmente bispos; os títulos diferentes indicam apenas que tipo de unidade eclesiástica chefiam. Muitos países têm vicariatos que apoiam as suas forças armadas (ver Ordinariato Militar).

Quase todas as dioceses ou eparquias estão organizadas em grupos conhecidos como províncias eclesiásticas, cada uma das quais era chefiada por um arcebispo metropolitano. Existem também as conferências episcopais, geralmente constituídas por todas as dioceses de um determinado país ou grupo de países. Estes grupos lidam com um vasto conjunto de assuntos comuns, incluindo a supervisão de textos e práticas litúrgicas para os grupos culturais e linguísticos da área, e as relações com os governos locais. A autoridade destas conferências para restringir as actividades de bispos individuais é limitada. As conferências episcopais começaram a surgir no princípio do século XX e foram oficialmente reconhecidas no Concílio Vaticano Segundo, no documento Christus Dominus.

As dioceses ou eparquias são divididas em distritos locais chamados paróquias. Todos os católicos devem frequentar e sustentar a sua igreja paroquiana local. Ao mesmo tempo que a Igreja Católica desenvolveu um sistema elaborado de governo global, o catolicismo, no dia a dia, é vivido na comunidade local, unida em prece na paróquia local. As paróquias são em grande medida auto-suficientes; uma igreja, freqüentemente situada numa comunidade pobre ou em crescimento, que é sustentada por uma diocese, é chamada "missão".

A Igreja Católica sustenta muitas ordens (grupos) de monges, não necessariamente ordenados, e freiras que vivem vidas especialmente devotadas a servir Deus. São pessoas que se juntaram sob um determinado sistema a fim de atingir a perfeita comunhão com Deus.

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Liturgia e Prece

O ato de prece mais importante na Igreja Católica é a liturgia Eucarística, normalmente chamada Missa. A missa é celebrada todos os domingos de manhã na maioria das paróquias Católicas; no entanto, os católicos podem cumprir as suas obrigações dominicais se forem à missa no sábado à noite. Os católicos devem também rezar missa cerca de dez dias adicionais por ano, chamados Dias Santos de Obrigação. Missas adicionais podem ser celebradas em qualquer dia do ano litúrgico, excepto na Sexta-feira Santa, pois neste dia não celebra-se a Missa em nehuma igreja católica do mundo. Muitas igrejas têm missas diárias. A missa é composta por duas partes principais: a Liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia. Durante a Liturgia da Palavra, são lidas em voz alta uma ou mais passagens da Bíblia, acto desempenhado por um Leitor (um leigo da igreja) e pelo padre ou diácono. O padre ou diácono lê sempre as leituras do Evangelho. Depois de concluídas as leituras, é feita a homilia por um padre ou diácono. Nas missas rezadas aos domingos e dias de festa, é professado por todos os católicos presentes o Credo, que afirma as crenças ortodoxas do catolicismo. A Liturgia da Eucaristia inclui a oferta de pão e vinho, a Prece Eucarística, durante a qual o pão e o vinho se transformam na Carne e Sangue de Cristo, e a procissão da comunhão.

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Igreja Católica no mundo contemporâneo

Na sociedade ocidental, mas não ao nivel mundial, a Igreja Católica, como muitas outras denominações cristãs, assistiu a um rápido declíneo na sua influência global no fim do século XX. Crenças doutrinárias rígidas em matérias relacionadas com a sexualidade humana são pouco atraentes num mundo ocidental secularizado onde a diversidade de práticas sexuais e a igualdade dos sexos são norma. A Igreja Católica Apostólica Romana, anteriormente influente nesta parte do globo terrestre, perdeu muita da sua influência, principalmente em lugares onde em tempos desempenhou um papel de primeira importância, como o Quebec, a Irlanda ou a Espanha. A generalidade população abraçou a ideia do secularismo e tentou diminuir a influência da Igreja na sociedade. Ao mesmo tempo, no entanto, o Catolicismo, principalmente o latino, vem experimentando uma dramática adesão em África e em partes da Ásia. Ao passo que em tempos os missionários católicos romanos oriundos do Ocidente serviam como padres em igrejas africanas, em finais do século XX havia um número crescente de países ocidentais que já recrutavam padres africanos para contrabalançar a redução nas suas próprias vocações.

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Igreja Católica








A Igreja Católica é a maior denominação religiosa (organização religiosa) do Cristianismo, com mais de um bilhão de fiéis. Chama-se também a Igreja Católica Romana e Igreja Católica Apostólica Romana. Ela se autodefine pelas palavras do Credo, como: una porque nela subsiste a única instituição verdadeiramente fundada e encabeçada por Cristo para reunir o povo de Deus, porque ela tem como alma o Espírito Santo, que une todos os fiéis na comunhão em Cristo e porque ela tem uma só fé, uma só vida sacramental, uma única sucessão apostólica, uma comum esperança e a mesma caridade; santa porque ela é a Esposa de Cristo (Cristo entregou-se por ela), por sua ligação única com Deus, o seu autor, e que visa, através dos sacramentos, santificar, purificar e transformar os fiéis; católica porque ela é universal, é espalhada por toda a Terra, é portadora da integralidade e totalidade do depósito da fé e nela está presente Cristo ("Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica", citação de S. Inácio de Antioquia); apostólica porque ela é fundamentada na doutrina dos apóstolos cuja missão recebeu sem ruptura.

A Igreja Católica é constituída por 23 Igrejas autónomas (sui juris), em ligação umas com as outras e subordinadas ao Papa, também chamado de Bispo de Roma, na sua qualidade de Sumo Pontífice da Igreja Universal, segundo a doutrina tradicional católica. Estas igrejas autônomas professam a mesma doutrina e fé, salvaguardada na sua integridade e totalidade pelo Papa. Mas, elas possuem diferentes particularidades histórico-culturais, uma tradição teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas.

A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das 23 Igrejas autónomas da Igreja Católica. O actual Bispo de Roma e Papa é Bento XVI, eleito em 19 de Abril de 2005, como sucessor do Papa João Paulo II. Seu nome de batismo é Joseph Ratzinger. De acordo com a doutrina tradicional da Igreja Católica, o Papa, Bispo de Roma, seria sucessor de S. Pedro, sendo este o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade da Igreja Universal, de acordo com a doutrina tradicional da Igreja Católica. De acordo com essa doutrina, o papa seria o vigário de Cristo, cabeça do colégio dos Bispos e pastor de toda a Igreja, sobre a qual, por instituição divina, teria poder, pleno, supremo, imediato e universal.


Santíssima Trindade


A Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que acredita no único Deus subsistente em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã sendo considerado um dos mistérios mais difíceis de interpretar e compreender. As denominações cristãs trinitárias consideram-se monoteístas. As outras duas grandes religiões monoteístas, o Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não aceitam a doutrina trinitária.
Fundamentos Bíblicos A doutrina trinitária professa que o conceito da existência de um só Deus, onipotente, onisciente e onipresente, revelado em três Pessoas distintas, pode-se depreender de muitos trechos da Bíblia. Um dos exemplos mais referidos é o relato sobre o batismo de Jesus, em que as chamadas "Três Pessoas da Trindade" se fazem presentes, com a descida do Espírito Santo sobre Jesus, sob a forma de uma pomba, e com a voz do Pai Celeste dizendo: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo" (Lucas 3:22; Mateus 3:17) e na fórmula tardia, mas canónica, de Mateus 28:19: Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo». Sublinha-se que o termo "Trindade" não se encontra na Bíblia.
Ainda segundo os seguidores desta doutrina, ao longo da Bíblia há todo um conjunto de passagens que revelam quer a divindade, quer a personalidade de cada uma das três pessoas divinas: No que concerne à divindade de Deus-Filho, referem-se, por exemplo, à sua onisciência (Colossenses 2:3), à sua onipotência (Mateus 28:18), à sua omnipresença (Mateus 28:20), ao facto de perdoar os pecados (Marcos 2:5a 7; conferir a afirmação de Isaías 1:18) e ser dador da vida (João 10:28) em íntima unidade - e não igualdade - diferenciada com o Pai: Eu e o Pai somos um» (João 17:21e 22). Contudo, mais do que estas simples passagens isoladas, a afirmação da plena divindade de Jesus - pois a sua personalidade nunca foi seriamente posta em causa - é o resultado da reflexão, na Fé, sobre a sua missão redentora; No que concerne à divindade do Espírito Santo, os seguidores desta doutrina, reportam-se, por exemplo, à sua omnisciência (1 Coríntios 2:10-11), à sua omnipotência (1 Coríntios 12:11), à sua omnipresença (João 14:10) e sobretudo ao facto de ser Espírito "de" verdade (João 16:13) e "de" vida (Romanos 8:2), prerrogativas que, tais como as apresentadas para Deus-Filho, segundo a Bíblia são única e exclusivamente divinas; No que concerne à personalidade do Espírito Santo,a terceira pessoa da Trindade, assunto que foi muito debatido ao longo dos primeiros séculos do cristianismo, é comum referirem-se aos atributos d'Este que, tal como os que no Antigo Testamento são aduzidos para a personalidade do Deus do Antigo Testamento, YHWH - cuja divindade e personalidade nunca foram alvo de críticas substanciadas entre os cristãos -, testemunham o seu caracter pessoal: Ele glorificará Cristo (João 16:14); ensina a comunidade e os fieis (Lucas 12:12), distribui os dons segundo o seu desígnio (1 Coríntios 12:11), fala nas escrituras do Antigo Testamento (Hebreus 3:7; 1 Pedro 1:11-12), é enviado pelo Pai em nome de Jesus aparecendo como distinto de ambos pois não é Cristo sob outra forma de existência, mas seu interprete ou testemunha (João 15:26).
Mas mais importante do que as passagens isoladas é o conjunto que revela-O como Aquele que tem a missão de recordar, universalizar e realizar em cada pessoa a obra de Jesus, o que não ocorre mecanicamente, mas somente onde houver a liberdade do Espírito, dado que «onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade» (2 Coríntios 3:17). Para os cristão trinitários, esta liberdade do Espírito exclui que Este possa ser um princípio impessoal, um meio ou instrumento, mas antes pressupõe a sua independência relativa.

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segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Papas


Breve Histórico

264 papas reinaram na história da Igreja Católica desde o primeiro, Simão Pedro, quemorreu como mártir no ano 64 depois de Cristo, até o polonês João Paulo II.

Na lista, aparecem apenas 262 nomes, já que um deles, Bento IX, reinou três vezes. Eleito em 1032, foi deposto em 1044. Recuperou o trono de Pedro em 1045, ano em que abdicou, para depois voltar em 1047 e ser deposto definitivamente um ano depois. Se Bento IX foi o último papa a ser destituído, não foi o único. Sete tiveram o mesmodestino antes dele. O papa Silvério (536-537) foi o primeiro. Cinco abdicaram. No total, 21 papas morreram como mártires e outros nove sob o martírio.Quatro faleceram no exílio e um na prisão. A esta lista, somam-se nove pontífices que desapareceram em circunstâncias violentas: seis assassinados, dois mortos devido a ferimentos durante revoltas e um pelo desabamento do teto do local onde estava. Oitenta e cinco papas foram santificados. Outro sete papas foram beatificados.

O anuáriopontifício reconhece também 37 antipapas (entre eles São Hipólito) e mais duas figurascitadas nas notas de páginas. O nome de Estevão não aparece no anuário porque morreu poucas horas depois da eleição. O pontificado de Urbano VII foi o mais curto da história da Igreja, durou 13 dias. O reinado mais longo, 34 anos, foi o de São Pedro, o príncipe dos apóstolos. Depois,somente Pio IX reinou mais de 30 anos (de junho de 1846 a fevereiro de 1878). Treze papas reinaram mais de 20 anos, mas a média dos pontificados é de 8 anos. Desde Simão Pedro, o período mais longo sem um papa foi de três anos, sete meses eum dia (de 26 de outubro de 304 a 27 de maio de 308), entre Marcelino e Marcelo I.


Conclave

A criação do conclave, em 1274, deve-se justamente à demora para escolher o sucessor de Clementino IV. Já tinham se passado dois anos e nove meses de deliberações, quando oshabitantes de Viterbo, cidade onde os eclesiásticos estavam reunidos, resolveram trancá-los e mantê-los a pão e água para acelerar a decisão. Gregório X regulamentou a prática, que foi submetida a 53 reformas.No início dos anos 70, Paulo VI fixou em 120 o número máximo de cardeais eleitores, cuja idade não pode superar os 80 anos.A regra de eleição por maioria de dois terços, e mudada por João Paulo II para 50% mais um, foi imposta por Alexandre III, em 1180.Este mesmo pontífice criou o Sacro Colégio dos Cardeais, cujo número mudou de dezpara 20 no curso de três séculos. Em 1585, Sisto V aumentou o número para 70,em honra aos 70 anciões que assistiram Moisés. O número foi modificadooutra vez séculos depois, por João XXIII.


Nomes dos Papas

Ao deixar seu nome de batismo, para chamar-se João Paulo II, Karol Wojtyla relançouum antigo hábito iniciado por Gregório V em 996 e seguido por 131 de seus 133 sucessores.Antes do século X, somente seis papas mudaram o próprio nome por diferentes motivos,como João II (532).Depois de Simão da Galiléia, nenhum papa adotou o nome de Pedro. Paulo XIV (983), que foi batizado assim, não quis quebrar o que muitosconsideravam um tabu. O nome mais empregado é João (23 vezes), seguido por Gregório (16), Bento (15), Clementino (14), Leão e Inocêncio (13) e Pio (12).Dos 262 papas, 210 nasceram na Itália, 99 deles em Roma. Dos 52 restantes,16 franceses (segundo as fronteiras atuais), 12 do antigo mundo grego, seis da Síria etrês da Palestina, cinco da atual Alemanha, três da Espanha e a mesma quantidadeda África e um da Inglaterra, Portugal, Holanda e Polônia.

O poder dos papas na Idade Média alcançou uma magnitude dificilmente avaliável nosdias de hoje. Basta lembrar que o papa Bonifácio VIII, em seu curto reinado de 1294a 1303, sentiu-se muito à vontade para emitir uma bula liberando os clérigos de impostos,e uma outra onde declarava que o poder espiritual e temporal dos papas erasuperior ao dos reis...O poeta Dante visitou Roma durante o seu reinado e parece não ter comungado dessaopinião, pois logo depois descreveu o Vaticano como “esgoto da corrupção”. No século XIII, o pontífice romano dispunha de mais vassalos feudais do que qualqueroutro suserano, e a lei canônica era aplicada indistintamente a todos os países cristãos docontinente europeu. Qualquer súdito suspeito de heresia era taxado por Roma não apenasde inimigo da fé, mas de “inimigo da sociedade”!O poder do papa era tão imenso nesse período, que acabou dando origem ao chamado“Grande Cisma”, o qual manteve a Igreja dividida entre os anos de 1378 a 1417.O que aconteceu foi que o papa eleito em 1378, Urbano VI, se opôs aos cardeais nãoitalianos, que, devido a isso, resolveram eleger por conta própria um outro papa,Clemente VII, suíço de nascimento.Urbano VI era apoiado pela Inglaterra, Polônia, Dinamarca e Suécia, enquantoque Clemente VII contava com o apoio da França, Escócia e países ibéricos.A sede de Urbano VI era Roma, a de Clemente VII a cidade de Avignon, na França. Nessa época, todo europeu encontrava-se excomungado por um papa ou pelo outro caso não se submetessem, e cada lado acusava o outro de ser o Anticristo. Com o propósito de resolver o impasse, visto ter fracassada uma singela tentativa desolução pelas armas, o Concílio de Pisa, com apoio da Universidade de Paris,elegeu o papa Alexandre V em 1409, que não pôde resolver o caso porque inoportunamentemorreu logo em seguida, tendo sido substituído pelo primeiro João XXIII. Embora declarados ilegítimos pelo Concílio, os dois papas anteriores, o de Roma e ode Avignon, mantiveram-se firmes em seus postos, de modo que a Igreja passou acontar nessa época com três Vigários de Cristo a zelar pela doutrina, cada qual seesmerando em anátemas e excomunhões. O conflito só serenou quando o Concílio de Constança (1415 – 1418) se reuniu e depôsos três papas briguentos, elegendo um quarto, Martinho V, daí novamente o únicopontífice universal, reconhecido por todos, e com isso a pax romana retornou aoseio da Igreja de Roma.

O termo pontíficeEsse termo provém do vocábulo pontifex – “construtor de pontes”, título sacerdotal usadonos ritos pagãos da Roma antiga, designando aquele que, por seu ofício de sacerdote,formava o elo ou ponte entre a vida na Terra e no Além.A forma pontifex maximus (sumo pontífice) era uma das expressões do culto divino dirigidoao imperador romano, e apenas a este. Unicamente o imperador era o pontifex maximus.Essa denominação foi surrupiada pelo papado pouco depois do seu início, na gestãode Leão I, chefe da Igreja entre os anos 440 e 461. Foi ele quem deu início à concorrida linhagem de césares papais ao tomar para si o títulode “sumo pontífice”, encantado com a magnificência do rótulo.Podemos afirmar que o Império Romano nunca se extinguiu de fato, mas continuouexistindo, inclusive sob esse mesmo nome, até a idade moderna. A única diferença é que seus súditos e vassalos não eram mais constrangidos pela lança eos louros do imperador, mas pelo báculo e a mitra do bispo de Roma.

Quase nada mudou. O costume de manter arquivos papais deriva da prática imperial romana, e o transporte do papa no alto, na chamada sediagestatoria, é igualmente um meio de transporte oriundoda Roma antiga.Mesmo o Código de Direito Canônico foi inspirado no Direito Romano.Até recentemente, qualquer um que não comungasse da fé católica tornava-se efetivamente um novo “bárbaro” aos olhos da Igreja e do mundo ocidental. E tal como seu antecessor, o atual Império Romano da Igreja, fundado em concepções errôneas das palavras de Cristo, foi igualmente conservado pelo medo eexpandido pela força.

A Terminologia "Papa"O termo “papa” é formado pela junção das primeiras sílabas de duas palavra latinas:pater patrum – “pai dos pais”. A própria História comprova como muitos papas – os “pais dos pais” da Igreja – mandaramutilizar paternalmente o punhal e o veneno, contra seus próprios pares, na consecuçãode objetivos puramente terrenais. Quem inaugurou, ou melhor, foi inaugurado no estilo de morte papal por envenenamentofoi João VIII, assassinado no remoto ano de 882. Cerca de dez anos depois foi a vez do papa Formoso ser misteriosamenteenvenenado na Santa Sé. Seu sucessor, Estevão VII, aparentemente incomodado com esse rápido falecimentoenigmático, fez questão de exumar o corpo do papa morto, excomungá-lo solenementecom as vestes pontificais, mutilá-lo, arrastá-lo pelas ruas de Roma e lançá-lo no rio Tibre.O misericordioso Estevão VII acabou morrendo pouco depois, trucidado pelo povo.

Em 904 o papa Leão V foi assassinado pelo seu sucessor, Sérgio III, que já havia tentadoantes se apoderar do trono pontifício, sem sucesso.Poucos anos mais tarde, o papa João X foi envenenado pela filha de sua amante, essaúltima mãe de seu sucessor, João XI.O papa João XI foi liquidado em 936. Em fins do século XIII.O papa Celestino V foi envenenado pelo seu sucessor, Bonifácio VIII.Especial destaque homicida merece ser dado ao papa Alexandre VI, um sátrapa queascendeu ao trono pontifício no ano de 1492 e logo cuidou de transformaro palácio papal um bordel. Seu tristemente célebre reinado de terror ficou marcado tanto pelo punhal comopelo veneno, freqüentemente utilizados por seus correligionários, com grande habilidade,para abrir caminho nas fileiras dos opositores.Traições sucessivas, luta de facínoras pelo poder, sangue derramado aos borbotões – talé o enredo secular da história dos papas.

Virgem Maria


Maria (Μαρία transliteração em grego do hebraico Maryam, Miriã ou Miriam מרים que em hebraico significa "contumácia" ou "rebelião" - ref. strong 3137 e 04813 - Ex 15:20 - cuja raiz é מרה "rebelde" como em Nm 20:10) traduzido para o latim como Maria. Seu nome significa: Senhora da Luz. Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., para alguns estudiosos teria nascido em Nazaré. Segundo as Sagradas Escrituras era a mãe de Jesus de Nazaré.

Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli". A Cyclopædia (Ciclopédia) de M'Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: "É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno (Números 26:33, Números 27:4-7)." Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era filho de Eli (Lucas 3:23)Vida Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem Maria teria nascido a 8 de setembro, num sábado, data em que a Igreja festeja a sua Natividade. Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de Antioquia, Santo Irineu, São Justino e de Tertuliano - consta ainda dos "apócrifos" Evangelho do nascimento de Maria e do Protoevangelion e é também de uma antiga tradição que remonta ao século II que seu pai seria São Joaquim, descendente de Davi, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descedência do Sacerdote Aarão.

De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim. Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.


Nos Evangelhos

O papel que ocupa na Bíblia é mais discreto se comparados com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem (em grego παρθένος), quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.

É dezenove vezes citada no Novo Testamento, entre elas: A virgem engravidará e dará à luz um filho ... Mas José não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus. (Mateus 1:23-25) 1, "Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. será chamado Filho do Altíssimo." Maria pergunta ao anjo Gabriel: "Como acontecerá isso, se sou virgem [literalmente: se não conheço homem]?" O anjo respondeu: O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus. (Lucas 1:26-35)

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Catecismo

Catecismo (do latim tadio catechismus, por sua vez originado do termo grego κατηχισμός, derivado do verbo κατηχέω que significa "instruir a viva voz") é uma instrução religiosa, ou seja, o ensino oral da religião cristã, dos seus mistérios, princípios e código moral. A catequese é normalmente feita por um ministro autorizado pela Igreja, que também pode ser leigo, como preparação de crianças para a confissão e à primeira comunhão.
A catequese (do latim tadio catechesis, por sua vez do grego κατήχησις, derivado do verbo κατηχέω que significa "instruir a viva voz") é parte principal do rito de iniciação cristã, em que a pessoa iniciada ouve o anúncio do Evangelho. Portanto, a catequese e as celebrações formam uma unidade no processo de iniciação a vida cristã. A pessoa é instruída para bem celebrar.

Catequese narrativa

Uma catequese através de oficinas de arte: (música, dança, teatro, artes plásticas, poesia). Um trabalho realizado com o apoio de leigos e jesuítas. Uma catequese fundamentada na contação de histórias bíblicas. José de Anchieta no passado trabalhava muito com arte como um modo de iniciar os indígenas na experiência de fé cristã, era catequese narrativa. Este termo não é novo, tem sua inspiração na catequese mistagógica dos Santos Padres da Igreja (Santo Ambrósio de Milão, São Cirilo de Jerusalém e Tertuliano de Cartago).

Para conhecer um pouco da arte que estava presente no início das primeiras comunidades, conheça o tema arte paleocristã que faz uso da arte narrativa para fazer uma catequese narrativa, ou seja, uma catequese mistagógica atráves dos mosaicos, dos afrescos e das esculturas. Um outro tema é a arte presente na catacumba cristã, onde os traços são simples e trabalham basicamente com a simbologia bíblica do Velho e Novo Testamento.

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Dogmas da Igreja Católica

No Catolicismo, o dogma é uma verdade revelada por Deus. Com isto o Dogma é imutável e definitivo (não pode ser revogado). Para que um ensinamento da Igreja seja considerado um dogma são necessárias duas condições:

1. O Sentido deve estar suficientemente manifestado;2. Esta doutrina deve ser definida pela Igreja como revelada.

Lista dos dogmas proclamados pela Igreja Católica
A Igreja Católica proclama a existência de 43 Dogmas


1- A Existência de Deus
"A idéia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-Lo com facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra"


2- A Existência de Deus como Objeto de Fé
"A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também é objeto da fé sobrenatural "


3- A Unidade de Deus
"Não existe mais que um único Deus "


4- Deus é Eterno
"Deus não tem princípio nem fim"


5- Santíssima Trindade
"Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina que é numericamente a mesma "


6- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência
"O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus."


7- Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam
"Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos milagres e no padecimento"


8- Cada uma das naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física
"Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso"


9- Jesus Cristo, ainda que homem, é Filho natural de Deus
"O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo"


10- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício
"Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício."


11- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz
"Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão"


12- Ao terceiro dia depos de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos
"ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro"


13- Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direta de Deus Pai
"ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma"


14- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada
"A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e sobretudo na argumento da contingência."


15- Caráter temporal do mundo
"O mundo teve princípio no tempo "


16- Conservação do mundo
"Deus conserva na existência a todas as coisas criadas "


17- O homem é formado por corpo material e alma espiritual
"a humana como comum constituída de corpo e alma"


18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação
"Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo"


19- O homem caído não pode redimir-se a si próprio
"Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado"


20- A Imaculada Conceição de Maria
"A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, foi por singular graça e privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original"


21- Maria, Mãe de Deus
"Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem"


22- A Assunção de Maria
"A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela descomposição."


23-A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo
"Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina, culto e constituição"


24- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição
"O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo rebanho"


25- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja
"Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo, pleno,ordinário, episcopal, imediato"


26- O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex catedra
"Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:
Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua autoridade magistral.
O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão com a revelação divina.
A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex catedra:
- Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.
- Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex catedra.
A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro.
A conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade."


27- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes
"Estão sujeitos à infalibilidade: - O Papa, quando fala ex catedra - O episcopado pleno, com o Papa cabeça do episcopado, é infalível quando reunidoem concílio universal ou disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a sustentem"


28- O Baptismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo
"Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"


29- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento
"Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo."


30- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo
"Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo"


31- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação
"Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta"


32- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo
"Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna"


33- Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue
"Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo."


34- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
"Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor"


35- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo
"Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos"


36- O matrimónio é verdadeiro e próprio Sacramento
"Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento."


37-A Morte e sua origem
"A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado"


38- O Céu (Paraíso)
"As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado entram no céu"


39- O Inferno
"As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno"


40- O Purgatório
"As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação"


41- O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo
"No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens"


42- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia
"Aos que crêem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes promete a ressurreição"


43- O Juízo Universal
"Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens."


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5 Mandamentos da Igreja Católica

1- Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de actividades que pudessem impedir a santificação desses dias
No Brasil os dias santos de guarda são:
Santa Maria, Mãe de Deus - 01 de janeiro
Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpus Christi) - data variável entre maio e junho: 1ª quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade
Imaculada Conceição de Maria - 08 de dezembro
Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo - 25 de dezembro

2- Confessar-se ao menos uma vez por ano.

3- Receber o sacramento da Eucaristia pelo menos pela Páscoa

4- Abster-se de comer carne e observar o jejum nos dias estabelecidos pela Igreja
Dias de jejum: quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa.
Dias de abstinência de carne: sextas-feiras da quaresma.

5- Atender às necessidades materiais da Igreja, cada qual segundo as próprias possibilidades
Estes cinco mandamentos, na sua forma atual, foram promulgados em 2005 pelo Papa Bento XVI, quando suprimiu o termo "dízimos" do quinto mandamento (pagar dízimos conforme o costume), cujo sentido real era, obviamente, contribuição, não taxação. Por isto é que vinha originalmente no plural. Lembrando que, especialmente no Brasil, diversos membros de pastorais arbitrariamente haviam reduzido o termo para o singular, culminando, na criação e expansão da "pastoral do dízimo" que, embora presente e atuante, encontra-se em divergência (pelo menos textualmente), no que tange às determinações romanas, mesmo porque dízimo, no sentido próprio da palavra, nunca existiu na Igreja Católica.

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Doutrina da Igreja Católica


A Doutrina da Igreja Católica é o conjunto de crenças professadas pela Igreja Católica ou Igreja Católica Apostólica Romana acerca de diversos aspectos relativos a Deus, ao homem e ao mundo. Para a fé cristã, essas crenças foram sendo reveladas por Deus através dos tempos, atingindo o seu cume em Jesus Cristo.

Para os cristãos, a fé em Deus inclui a adesão da inteligência e da vontade à doutrina por Ele revelada, que tem a finalidade última de conduzir à salvação.



Tipos de doutrinas católicas

A Igreja Católica, bem como todas as outras Igrejas cristãs, professa um conjunto bastante alargado de doutrinas. No entanto, apesar de todas fazerem parte da fé professada pela Igreja, o grau de assentimento que é exigido aos crentes para cada uma delas é variável, pois depende do valor e da importância que tem cada uma delas.

Deste modo existem:

Dogmas: verdades de fé contidas na Revelação ou que com ela tenham um nexo necessário, e como tal definitivas e imutáveis, cujo sentido está suficientemente manifestado (o que não exclui o progresso crescente na sua compreensão por parte dos fiéis).

Verdades de fé não contidas directamente na Revelação, mas propostas pela Igreja como ensinamento verdadeiro e definitivo.

Doutrinas que a Igreja propõe para serem acolhidas com assentimento por parte dos fiéis, mas a que não pretende dar carácter definitivo e infalível, estando abertas à reflexão teológica e a uma clarificação ou modificação posterior.

Hipóteses que a Igreja, como tal, não subscreve oficialmente, mas que são acreditadas por parte dos fiéis, sem prejuízo da fé católica, e que permanecem como hipóteses de trabalho e reflexão.

A doutrina católica tem a sua base nos dogmas, e a partir destes e da reflexão de séculos propõe um considerável conjunto de crenças que deles derivam.



Desenvolvimento da doutrina

Apesar de, para a fé cristã, a Revelação ter chegado ao seu ponto culminante e definitivo em Jesus Cristo, a compreensão dessa Revelação, bem como a expressão da fé por parte dos fiéis é um processo que se dá progressivamente. Assim, a doutrina cristã e católica foi-se desenvolvendo ao longo de séculos, corrigindo e purificando muitas compreensões erradas ou incompletas. Tal processo, para a fé católica, deve ser guiado pelos responsáveis da Igreja, inspirados pelo Espírito Santo, numa fidelidade contínua à Revelação.


Fontes


As principais verdades da doutrina cristã encontram-se expressas e resumidas no Credo dos Apóstolos e no Credo Niceno-Constantinopolitano. Ao longo dos séculos, a Igreja foi transmitindo a sua doutrina, oralmente e através de publicações escritas. Actualmente, pode encontrar-se o conjunto da doutrina da Igreja Católica resumida e compilada no chamado "Catecismo da Igreja Católica" (CIC).[1] Para um acesso e compreensão mais fácil à Doutrina Católica, encontra-se também a síntese do CIC, chamada de "Compêndio do Catecismo da Igreja Católica" (CIC).


Notas históricas

As grandes verdades da doutrina cristã acerca de Deus, da Santíssima Trindade, de Cristo e da Salvação ficaram praticamente definidas nos primeiros séculos do Cristianismo nos primeiros concílios ecumênicos: Primeiro Concílio de Niceia (325), Primeiro Concílio de Constantinopla (381), Concílio de Éfeso (431) e Concílio de Calcedónia (451). Tais verdades estão sintetizadas no Credo Niceno-Constantinopolitano.

Santo Agostinho, no século V, desenvolveu a doutrina do pecado original e da graça.

A partir do século XIII, vários teólogos, nomeadamente São Tomás de Aquino, procurou afirmar que a fé supera mas não contradiz a razão humana. Aquino defendia que a filosofia devia servir a teologia cristã e tornou-se num excelente mestre da doutrina católica. Nesta altura também vai-se definindo a doutrina da presença real de Cristo na Eucaristia.

No século XVI, o Concílio de Trento tornou definitiva a doutrina dos sete sacramentos e reiterou a presença real de Cristo na Eucaristia. Após este Concílio, no confronto com os protestantes, desenvolveram-se as grandes doutrinas relativas à Igreja.

Ao longo dos séculos XVII e século XVIII, os teólogos católicos confrontaram-se com polémicas acerca do papel da graça e da participação do homem na sua própria salvação.

Durante o século XIX, foram proclamadas como dogmas a Imaculada Conceição de Maria e a Infalibilidade Papal. E, em meados do século XX, foi proclamado pelo Papa Pio XII, como um ensinamento infalível o dogma da Assunção da Virgem Maria ao céu.

A doutrina católica actual é, pois, resultado duma reflexão que vem de longa data.


A doutrina católica e a das outras Igrejas cristãs

A doutrina católica diz respeito ao corpo de verdades professadas pela Igreja Católica. Mas, como Igreja cristã, muitas dessas verdades são compartilhadas por outras Igrejas. Há diversas doutrinas podem ser chamadas com propriedade doutrinas cristãs e não apenas católicas, pois são compartilhadas por praticamente todas as confissões cristãs.


Igreja Ortodoxa

A doutrina da Igreja Ortodoxa é idêntica à da Igreja Católica. A única diferença significativa diz respeito à compreensão do papel e função do Papa, Bispo de Roma, na Igreja, que para os ortodoxos não tem jurisdição sobre as outras Igrejas nem é revestido de infalibilidade quando fala ex cathedra.

Mesmo algumas contendas doutrinais históricas, como a do filioque, são hoje consideradas pelos teólogos como ultrapassadas.

De resto, a única diferença que se observa deriva do facto de as duas Igrejas terem seguido caminhos separados no que diz respeito à reflexão teológica e doutrinal, o que conduz a algumas diferenças de formulação das doutrinas, que porém não são significativas.


Igrejas protestantes

Em relação às Igrejas protestantes, a diferença é maior. No entanto, essas Igrejas adoptam o Credo Niceno-Constantinopolitano, pelo que a doutrina acerca da Santíssima Trindade e de Jesus Cristo é idêntica à católica. O mesmo pode dizer-se em relação a alguns pontos da antropologia teológica e da escatologia.

As diferenças mais significativas dizem respeito à doutrina da Eucaristia, dos outros sacramentos e ao culto da Virgem Maria e dos santos. Há também diferenças importantes na doutrina do pecado original, da redenção e da graça.

Contudo, visto que mesmo entre as denominações protestantes há diferenças consideráveis, podemos encontrar entre elas algumas cuja doutrina se aproxima bastante da católica. É o caso, por exemplo, dalguns sectores do Anglicanismo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org


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0s 10 Mandamentos da Lei de Deus

1º Amar a Deus sobre todas as coisas
2º Não tomar o seu Santo Nome em vão
3º Guardar domingos e festas de guarda
4º Honrar pai e mãe
5º Não matar
6º Não pecar contra a castidade
7º Não roubar
8º Não levantar falso testemunho
9º Não desejar a mulher do próximo
10º Não cobiçar as coisas alheias

ou ainda

1º Não terás outros Deuses diante de mim
2º Não farás para ti imagem de escultura
3º Não usar o santo nome de Deus em vão
4º Lembra-te do dia de Sábado para o santificar
5º Respeite seu pai e sua mãe
6º Não matarás
7º Não adulterarás
8º Não furtarás
9º Não dirás falso testemunho contra o teu próximo
10º Não cobiçar as coisas alheias

Aqui está mais uma representação, ensinada actualmente na catequese da Igreja Católica:

1º Amar a Deus sobre todas as coisas
2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão
3º Guardar domingos e festas de guarda
4º Honrar pai e mãe
5º Não matar
6º Guardar castidade nas palavras e nas obras
7º Não roubar
8º Não levantar falsos testemunhos

9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos
10º Não cobiçar as coisas alheias

veja também: http://www.mensagemdereflexao.com.br

sábado, 10 de novembro de 2007

Catolicismo

Vertente do Cristianismo mais disseminada no mundo, o Catolicismo é a religião que tem maior número de adeptos no Brasil. Baseia-se na crença de que Jesus foi o Messias, enviado à Terra para redimir a Humanidade e restabelecer nosso laço de união com Deus (daí o Novo Testamento, ou Nova Aliança). Um dos mais importantes preceitos católicos é o conceito de Trindade, ou seja, do Deus Pai, do Deus Filho (Jesus Cristo) e do Espírito Santo. Estes três seres seriam ao mesmo tempo Um e Três.

Na verdade, existem os chamados Mistérios Principais da Fé, os quais constituem os dois mais importantes pilares do Catolicismo. Eles são:

· A Unidade e a Trindade de Deus.
· A Encarnação, a Paixão e a Morte de Jesus.

O termo "católico" significa universal, e a primeira vez em que foi usado para qualificar a Igreja foi no ano 105 d.C., numa carta de Santo Inácio, então bispo de Antioquia.

No século 2 da Era Cristã, o termo voltou a ser usado em inúmeros documentos, traduzindo a idéia de que a fé cristã já se achava disseminada por todo o planeta. No século 4 d.C., Santo Agostinho usou a designação "católica" para diferenciar a doutrina "verdadeira" das outras seitas de fundamentação cristã que começavam a surgir.

Mas foi somente no século 16, mais precisamente após o Concílio de Trento (1571), que a expressão "Igreja Católica" passou a designar exclusivamente a Igreja que tem seu centro no Vaticano. Cabe esclarecer que o Concílio de Trento aconteceu como reação à Reforma Protestante, incitada pelo sacerdote alemão Martin Lutero.

Em linhas gerais, podemos afirmar que o Catolicismo é uma doutrina intrinsecamente ligada ao Judaísmo. Seu livro sagrado é a Bíblia, dividida em Velho e Novo Testamento. Do Velho Testamento, que corresponde ao período anterior ao nascimento de Jesus, o Catolicismo aproveita não somente o Pentateuco (livros atribuídos a Moisés), mas também agrega os chamados livros "deuterocanônicos": Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus e alguns capítulos de Daniel e Ester. Esses livros não são reconhecidos pelas religiões protestantes.

O Catolicismo ensina que o fiel deve obedecer aos Sete Sacramentos, que são:

Batismo: O indivíduo é aceito como membro da Igreja, e portanto, da família de Deus.

Crisma: Confirmação do Batismo.

Eucaristia (ou comunhão): Ocasião em que o fiel recebe a hóstia consagrada, símbolo do corpo de Cristo.

Arrependimento ou Confissão: Ato em que o fiel confessa e reconhece seus pecados, obtendo o perdão divino mediante a devida penitência.

Ordens Sacras: Consagração do fiel como sacerdote, se ele assim o desejar, e após ter recebido a preparação adequada.

Matrimônio: Casamento.

Extrema-unção: Sacramento ministrado aos enfermos e pessoas em estado terminal, com o intuito de redimi-las dos seus pecados e facilitar o ingresso de suas almas no Paraíso.

O Culto a Maria e aos santos

Além do culto a Jesus, o Catolicismo enfatiza o culto à Virgem Maria (mãe de Jesus Cristo) e a diversos santos. Este, aliás, foi um dos pontos de divergência mais sérios entre a Igreja Católica e outras correntes cristãs. Para os evangélicos, por exemplo, a crença no poder da Virgem e dos santos enquanto intermediadores entre Deus e os homens constitui uma verdadeira heresia. No entanto, os teólogos católicos diferenciam muito bem a adoração e a veneração: eles explicam que, na liturgia católica, somente Deus é adorado, na pessoa de Jesus, seu filho unigênito. O respeito prestado à Virgem Maria e aos santos (estes últimos, pessoas que em vida tiveram uma conduta cristã impecável e exemplar) não constitui um rito de adoração.

Vale ressaltar que o processo de canonização - que consagra uma pessoa como "santa" - é minucioso, estende-se ao longo de vários anos e baseia-se numa série de relatos, pesquisas e provas testemunhais.

Céu e o Inferno

A recompensa máxima esperada pelo fiel católico é a salvação de sua alma, que após a morte adentrará o Paraíso e lá gozará de descanso eterno, junto de Deus Pai, dos santos e de Jesus Cristo.

No caso de um cristão morrer com algumas "contas em aberto" com o plano celestial, ele terá de fazer acertos - que talvez incluam uma passagem pelo Purgatório, espécie de reino intermediário onde a alma será submetida a uma série de suplícios e penitências, a fim de se purificar. A intensidade dos castigos e o período de permanência nesse estágio vai depender do tipo de vida que a pessoa levou na Terra.

Mas o grande castigo mesmo é a condenação da alma à perdição eterna, que acontece no Inferno. É para lá que, de acordo com os preceitos católicos, são conduzidos os pecadores renitentes. Um suplício e tanto, que jamais se acaba e inclui o convívio com Satanás, o senhor das trevas e personificação de todo o Mal.

Mas quais são, afinal, os pecados? Pecar é não obedecer aos 10 Mandamentos de Moisés, incorrer num dos Sete Pecados Capitais, desrespeitar os 5 Mandamentos da Igreja ou ignorar os Mandamentos da Caridade.


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